12 de junho de 2011

Fala, São João! nº 22

Com a palavra: São João Batista


Neste mês o Fala, São João!, completa 2 anos, e nós da Pascom tentamos imaginar o que  João Batista falaria para a sociedade no mundo de hoje. Um mundo com tantas coisas belas, mas também com tantas outras negativas, por causa das injustiças e pecados. O Evangelho de Mateus cita o profeta Isaías, que fala sobre João: ‘Voz que clama no deserto: preparai o caminho do Senhor...” (Mt 3, 2).

João Batista ficaria surpreso com muitos casos de injustiças no mundo atual, como o que vem sofrendo o povo da Líbia ou, lembrando algo mais próximo de nós, aqui no Brasil os moradores de rua sendo queimados vivos. A voz de João Batista seria quase “solitária”, pois ainda muitos ficam apenas se lamentado em vez de buscar juntos soluções para a humanidade. As populações ainda estão no deserto da indiferença, do medo, do comodismo.

Imaginamos o quanto João Batista seria amigo de Martin Luther King, ativista norte americano, diria com ele: “Não tenho medo do barulho dos malvados, opressores, mas sim do silêncio dos homens e mulheres de boa vontade”. E como ele seria parceiro do Bem-aventurado João Paulo II! Ele usaria suas palavras: “Não é pecado ser rico, mas ser rico sozinho”. João Batista estaria visitando e encorajando movimentos sociais florecidos na Igreja ou nas comunidades sociais, incentivando a continuidade da luta contra toda injustiça, num mundo onde a grande massa que produz a riqueza nos países, não tem voz e são mortos vivos por causa desse sistema ecônomico vigente. Ele diria: Coragem! Isto que é Boa Nova: a justiça social. Pois todos merecem ter vida, e vida em abundância (Jo 10, 10).

Enfim, como Madre Teresa de Calcutá respondeu quando lhe foi dito por um jornalista que por dinheiro nenhum ele faria como ela, retirar do meio do lixo aquele pobre “resto humano” e carregá-lo no colo para morrer em um lugar mais digno, João Batista também responderia: “Nem eu faria por dinheiro nenhum, mas faço por amor”. Nosso santo padroeiro, acima de tudo, nos diria hoje: Vivam o amor como medida para todo vosso agir.

Pastoral da Comunicação


Por que ser católico?

 
Começamos este artigo com uma pergunta: “Por que ser Católico?”. Esta pergunta pode ser muito pertinente diante das situações atuais, como os ataques da mídia e de outras religiões contra a Igreja Católica, escândalos, esfriamento na fé dos fiéis e assim por diante. 

Como o pe. Zezinho uma vez escreveu em um de seus livros: “Preciso dar um passo ao lado para ver além da coluna que se levanta a frente de mim”. Ou, em outras palavras, é necessário observar os eventos que circundam nossa Igreja por um ângulo diferente. Então, que tal  mudarmos a pergunta para uma afirmação: “Louvo a Deus por ser católico!”.

Louvamos a Deus por sermos católicos, por causa de nossa unidade na diversidade. É tão bom sentir que pertencemos a todas as paróquias ou comunidades. Claro que temos a necessidade de ter fortes laços com uma apenas, mas somos membros de todas. Seja aqui, em Roma, China, Quênia, tudo se torna familiar e ainda temos a diversidade como riqueza para receber de todas elas. Estamos sempre em casa!

Bendizemos a Deus por sermos católicos, pois este corpo místico tem uma mãe, Maria. Nossa Igreja tem um toque, a proteção de mãe que enfrenta tudo até as últimas consequências de uma doação total de amor: “Perto da cruz de Jesus, permanecia de pé sua mãe...” (Jo 19, 25). Presença que conforta e gera esperança, ela sabia que “... o Todo poderoso fez grandes coisas...” (Lc 1, 49). Ela tinha certeza e confiança em Deus.

Louvamos e agradecemos a Deus por sermos católicos porque temos o “Pão descido dos céus”, “Que contém todos os sabores”, para saciar nossa fome de justiça, solidariedade, segurança e principalmente tem sabor de amor, de onde se originam tantas dádivas de Deus. Em Lucas, Jesus diz “Isto é o meu Corpo que é dado por vós. Fazei isto em minha memória” (Lc 22, 19). E em toda celebração eucarística se revive verdadeiramente este momento, e nos nutrimos da carne e sangue de Jesus para a remissão de nossos pecados e salvação para a vida eterna.

Sim, erros nós cometemos como Igreja, e podemos e devemos combatê-los. A esperança está em ir. Dulce, Frei Galvão, você e em pessoas comuns partilhando melhores caminhos para nossa Igreja, para ela ser mais divina e nos elevarmos junto com ela. Coragem! Lute, trabalhe pelo seu amor – nossa Igreja Católica Apostólica Romana. E que o Espírito Santo nos guie nesta caminhada.

E nós da Pastoral da Comunicação lhe desejamos Boa Festa de Pentecostes!


por redação Fala, São João!



Padre Valeriano: pastor e amigo


Por muitos anos, a Comunidade São João Batista era assistida por diversos padres missionários da Consolata, porém não havia um padre que a acompanhasse de perto. A cada domingo, um padre diferente vinha celebrar conosco, mas mesmo assim, sentíamos falta de ter um pastor que participasse do dia a dia de nossa Comunidade.

No final de 2007, um simpático senhor de barba branca e sotaque italiano chegou a igreja de São João Batista para tornar realidade aquilo que tanto desejávamos. Padre Valeriano Paitoni, que era pároco da igreja Nossa Senhora de Fátima, tornou-se vigário da igreja São João Batista.

Bem acolhido pela Comunidade, padre Valeriano em pouco tempo sentiu-se em casa. Como  diz a expressão popular, padre Valeriano "vestiu a camisa" da Comunidade São João Batista, tanto que iniciou um grande trabalho de revitalização nas dependências da igreja, com o apoio da Comunidade.

Em três anos as mudanças puderam ser percebidas, não só na parte estrutural da igreja, mas também nas pessoas, pois a Comunidade São João Batista fortaleceu a sua identidade.

Com o padre Valeriano, pudemos vivenciar muitos momentos especiais, como por exemplo, as celebrações da Semana Santa, em especial, a Via-Sacra realizada nas ruas, na qual ele, junto com toda a Comunidade, refletia sobre os temas da Campanha da Fraternidade; os diálogos com a boneca Bel, repletos de bom humor e que possibilitaram a interação com as crianças; a celebração da Missa da Esperança nas noites de quarta-feira; os festejos dos 30 anos da pedra fundamental e tantas outras atividades que contaram com a presença deste missionário que ensinou muito a nossa Comunidade, através de suas palavras e exemplo de vida.

No início deste ano, quando recebemos a notícia de seu afastamento da Comunidade para dedicar-se a missão na Itália, por ordem do Instituto Missões Consolata, ficamos desolados, pois estaremos perdendo, além de nosso pastor, a presença de um amigo, que assim como nós, tem um grande carinho por esta Comunidade.

Somos imensamente gratos a Deus, pela oportunidade de termos caminhado com o padre Valeriano nesses últimos anos. Sem dúvida, somos uma Comunidade privilegiada.

Ao padre Valeriano, fica o nosso "até logo", pois acreditamos que em breve ele estará de volta ao Imirim, dando continuidade a sua obra missionária.


por redação Fala, São João!




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